Aeroporto de Vitória

Ficha Técnica:

Local: Vitória/ES

Cliente:  Infraero

Construtora: Construtora JL

Segmento de obra: Aeroporto e Aviação

Projeto arquitetônico: Ricardo Rodrigues e Rereza C. N. M. Ferreira

Projeto estrutural: Eduardo Dell’Avanzi e José Soto Quevedo

Volume de concreto (m3): 5.721

Conclusão da estrutura: Fevereiro/2017

Elementos de concreto pré-fabricado: vigas, pilares, incluindo peças especiais em Y, lajes alveolares e escadas

As obras de modernização do Aeroporto Internacional de Vitória, Eurico de Aguiar Salles, no Espírito Santo, também conhecido como Aeroporto de Goiabeiras, tiveram como objetivo ampliar a capacidade do aeroporto para receber passageiros com a construção de um novo terminal, aprimorar os serviços oferecidos e investir na economia do estado por meio do turismo. Além de operar voos nacionais e internacionais (desde 2019), o aeroporto Eurico de Aguiar Salles também opera voos de carga.

A obra foi iniciada com uma determinada construtora e, após o embargo pelo TCU, em 2008, foi assumida pela Construtora JL, que ficou responsável por recuperar o tempo perdido no período do embargo, que terminou em 2016. O projeto do aeroporto foi conceptualizado para oferecer uma solução estrutural simplificada para garantir a eficiência e a otimização da execução da obra e, assim, agilizar o processo de construção e observar o prazo de finalização da construção conforme solicitado pela INFRAERO.

Para a construção do novo terminal e a reforma de partes do aeroporto, a Cassol Pré-fabricados forneceu, transportou e montou vigas, pilares, alguns deles em formatos especiais, em Y, lajes alveolares e escadas.

A edificação é composta por térreo, primeiro e segundo pavimentos, além de cobertura e áticos. A estrutura adotou uma modulação de pilares de 12,5×15 metros, com o uso de vigas e lajes alveolares LP40.

A geometria de pilar diferenciada da obra, em formato Y com consolos circulares, foi uma solicitação da arquitetura. Esta geometria singular demandou, por sua vez, uma solução específica para a execução das formas e concretagem na fábrica, principalmente por exigir um acabamento perfeito de pilares aparentes. Os pilares foram produzidos em uma forma metálica, presa ao chão, totalmente fechada com pequenas aberturas para a concretagem.

Para o pórtico principal de entrada no aeroporto, a solução foi alterada para diminuir o tamanho e o peso das vigas com o intuito de facilitar a montagem. Assim, trabalhou-se com a protensão negativa nas vigas, pois criou-se um balanço nelas. O concreto das vigas, por sua vez, foi autoadensável e resistências superiores a 60MPa, buscando a especificação de projeto para o módulo de elasticidade de 49GPa.

Dentre os desafios relativos à edificação estava a existência de núcleos rígidos que exigiam montagem antes das “bordas”, por uma questão estrutural e pela sequência de implementação dos escopos complementares.

Após inúmeros desafios e paralisações nas obras do Aeroporto Internacional de Vitória, sua conclusão representa um marco na história da infraestrutura do Espírito Santo, possibilita que o estado atenda às crescentes demandas de passageiros e impulsione o crescimento econômico local.