Passarela Estaiada Aririú-Formiga

Ficha Técnica

Local: Palhoça (SC)
Cliente: Autopista Litoral Sul – Grupo OHL Brasil
Segmento de obra: Ponte e Rodagem
Projeto arquitetônico: Ademar José Cassol
Projeto estrutural: João Alberto Kerber
Volume de concreto (m3): 120
Conclusão da estrutura: Junho/ 2011
Elementos de concreto pré-fabricado: vigas com seção completa (seção total feita em indústria de pré-fabricados), lajes alveolares

Localizada na BR-101 no trecho de Santa Catarina, próxima ao bairro Aririú-Formiga, na cidade de Palhoça, foi executada a Passarela Estaiada Aririú-Formiga para auxiliar na travessia da rodovia na região.

A passarela possui dois vãos de 25,23 metros cada e é composta por dois pilares centrais inclinados que sustentam o sistema e por um tabuleiro de lajes que compõe a travessia. Nas laterais da rodovia, a estrutura estaiada é amparada por sistemas aporticados de pilares e vigas de concreto.

O tabuleiro é composto por lajes alveolares protendidas solidarizadas por uma capa de concreto. Os apoios intermediários das lajes do tabuleiro são constituídos por vigas metálicas com seção transversal tipo “T invertido” que, por sua vez, são sustentadas pelos estais que também estão conectados aos pilares centrais. Os sistemas aporticados, localizados nas extremidades da passarela, são constituídos por pilares e vigas de concreto armado pré-fabricados, com solidarização dos nós de pórtico em concreto moldado in loco. Essa condição garante melhor comportamento estrutural das ligações entre os elementos que compõem o conjunto.

Os pilares centrais, também pré-fabricados, são os elementos principais do conjunto estrutural, pois sustentam a maior parte dos carregamentos da passarela. Com uma geometria de seção transversal em formato triangular – pois nascem em fundações separadas e se conectam no topo –, esses pilares recebem o conjunto de estais que servem de suporte ao tabuleiro e aos estais de segurança conectados aos aporticados laterais. Essa conexão se dá através de um elemento metálico no topo, projetado para abrigar as placas de ancoragem do sistema estaiado.

A análise dos laudos de sondagem revelou um solo pouco resistente para as cargas atuantes na fundação, o que resultou na definição de um projeto de fundações em estacas de concreto pré-fabricadas. Essas foram adotadas, com seção transversal quadrada de 18×18 cm. Também foram projetados e executados blocos de coroamento das estacas em concreto armado, com geometria quadrada ou retangular, conforme o número de estacas a serem coroadas sob os pilares.

As vigas metálicas intermediárias do sistema estaiado da passarela foram concebidas com chapas soldadas com 25 mm de espessura compondo uma seção transversal do tipo “T invertido”, de maneira que funcionassem como suporte para as lajes alveolares do tabuleiro. No topo dos pilares centrais, no ponto onde eles se unem formando um pórtico triangular, foi projetada uma peça metálica denominada “capacete metálico”, que envolve ambos os pilares e tem a função apoiar o sistema estaiado do conjunto estrutural. Este elemento é composto, também, por chapas soldadas de 25 mm de espessura.

O projeto é considerado pioneiro devido à utilização de elementos industrializados de concreto armado, protendido, e de elementos metálicos, com a consequente racionalização do processo construtivo, economia de materiais e velocidade na execução da obra. De acordo com Antonio Koudy, gerente geral do Grupo PHL Brasil, “o sistema utilizado na obra deveria contemplar qualidade, segurança e rapidez. Mais do que isso, precisava atender as principais normas de acessibilidade”. Ele destaca ainda que “o resultado final foi uma passarela bastante esbelta e agradável aos usuários”.